O QUE FAZER?
Apesar de esse tipo de comportamento não durar muito tempo – é uma fase passageira – não pode deixar de ser reprimido, claro. Na maioria das escolas, a atitude tomada é mostrar que a mordida machuca o colega e não deve ser repetida. Mas não são apenas as explicações que ajudam a pôr fim nessa mania. O “troco” que a criança recebe quando avança na outra e que vem na forma de tapas ou mordidas, também serve para mostrar que ela passou dos limites. Em casa, é aconselhável que os pais sigam a atitude da escola e reajam com firmeza. Mesmo nos casos em que a criança morde fraquinho, fazendo graça, é importante conter o riso e dizer de forma enfática, sem necessidade de gritar que mordida dói. Se o pequeno insistir na “técnica”, o mais indicado é recorrer a conversa, deixando a criança sentada pôr alguns minutos longe das brincadeiras com os outros – o que é suficiente para indicar que papai e mamãe estão descontentes. Aos poucos, com o tempo e com um maior domínio da fala, a criança tende a trocar as mordidas pelas palavras, num enfrentamento mais verbal do que físico. Muito raramente, ela vai continuar mordendo depois dos três anos, quando já aprendeu a se comunicar melhor.
(Ceres Alves de Araújo, psicóloga)